Comprar Carro: É vantagem comprar um automóvel usado?

Consórcio de Automóveis: É vantagem comprar um automóvel usado?

Ele é novinho, zero quilômetro. Na concessionária, custa um bom dinheiro. Você resolve pesquisar e encontra outro carro. Já não tão novinho e com alguns muitos quilômetros rodados. Aí, surge a pergunta: comprar um carro usado compensa?

Especialistas recomendam comprar carros com menos de dois anos de uso. No terceiro ano, começa uma troca efetiva de itens importantes do veículo.

Depende de quanto ele está usado e é preciso muita atenção: comprar um carro seminovo é sempre mais difícil do que comprar um zero. “Um carro novo, na compra, você perde 20% do valor. Se o carro é R$ 30 mil, você está perdendo R$ 6 mil na hora da revenda. É o custo que joga em uma eventual manutenção, se tiver”, comenta o comerciante Ricardo Cserba.

A dúvida é exatamente quando vale a pena comprar um usado, quais os gastos que o novo dono terá que arcar? Especialistas de mercado afirmam que o ideal é comprar carros com menos de dois anos de uso.
A analista de mercado fez as contas para um carro de R$ 30 mil. O gasto no primeiro ano com manutenção preventiva R$ 511. No segundo, cerca de R$ 1,2 mil. No terceiro, o gasto passa dos R$ 2,1 mil.

“No primeiro ano nós vamos ter um desgaste normal de algumas peças, mas é pouca coisa. No segundo ano já aumenta um pouco, mas eu diria que uns 40% ou 50% do que você vai gastar. No terceiro ano começa mesmo uma troca efetiva de itens importantes para que o carro tenha a mesma qualidade, tenha a mesma performance”, explica a analista de mercado Rosely Coimbra.

Para o professor de finanças Ricardo Rocha, comprar um carro de até três anos de uso ainda pode ser vantajoso. Mas cuidado com carros acima de cinco anos de fabricação. “A partir do quinto ano você pode ter de trocar motor, câmbio e de repente vai gastar 30% a 40% do valor do seu automóvel. Praticamente vai ter que reformar esse carro e rodar com ele mais cinco anos para compensar”, destaca o professor de finanças/Insper-SP Ricardo Rocha.

De acordo com os especialistas, a idade média da frota brasileira vem caindo. No ano passado, chegou a nove anos e oito meses. O item que mais pesa no orçamento do motorista é o combustível, que representa cerca de 30% dos gastos de um automóvel. Depois vem o seguro, com quase 23% das despesas. Em terceiro ficam os gastos com estacionamento. Há ainda o IPVA. Juntando todas essas despesas, mais a troca de peças, manter um carro pode custar cerca de R$ 10 mil por ano.

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