Comprar Imóvel: Fgts e planejamento ajudam na compra da casa própria

Consórcio de Imóveis: Fgts e planejamento ajudam na compra da casa própria

Para quem ainda não comprar a casa própria, mas quer fazer, não há melhor hora para se comprometer que neste começo de ano. Planejar a compra da casa própria pode exigir mais dedicação do que frequentar a academia, mas o resultado pode ser mais duradouro que a barriga tanquinho.

É bom saber, no entanto, que a compra de um imóvel é um plano de longo prazo, e a promessa feita no Ano Novo pode só virar realidade em 2013. “Durante um ano é muito pouco provável conseguir juntar o dinheiro necessário para dar entrada em um imóvel. Em geral a pessoa acaba encarando como um projeto de curto prazo, mas a casa tem que ser de três, quatro anos”, diz Luiz Jurandir Simões, consultor imobiliário.

Antes de tomar a decisão, é preciso saber se a compra da casa própria é a decisão certa. “O imóvel, pela sua falta de liquidez, ele tem que estar casado com uma estratégia de mais longo prazo. Se você almeja ir trabalhar em outra cidade por dois anos, você não vai comprar apartamento lá. Se seu plano de longo prazo é ficar aqui, compra. Você tem que olhar as circunstâncias ao redor da sua vida e seu plano de médio e longo prazo. Nunca compre se o seu plano está muito indefinido”, ensina Simões.

Tomada a decisão, é hora de planejar. O ideal, segundo os especialistas, é dar pelo menos 30% a 40% do valor do imóvel como entrada, para não ficar preso a um financiamento de longo prazo e prestações caras. A recomendação é que a parcela do financiamento não comprometa mais de 25% da renda mensal, para que seja possível manter uma folga no orçamento em caso de emergência.

Para quem tem dinheiro no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), vale a pena “raspar o tacho” na hora de dar a entrada: “de preferência use todo o saldo possível e imaginável, porque não vale a pena deixar lá”, diz o especialista. Se o FGTS for suficiente, ótimo. Senão, a hora é de apertar o cinto. “Tem muito gasto que as pessoas fazem sem necessidade.”, diz Simões. Ele sugere que o consumidor faça uma “varredura” nos gastos, eliminando o que puder, para poupar o máximo possível. 

É importante lembrar que, além do valor da entrada, há outros gastos ligados à compra do imóvel. Só em “burocracias”, como transferência de propriedade e tributos, o comprador vai pagar mais cerca de 5% do valor do imóvel. Se o apartamento for novo, há gastos com instalações, com piso e chuveiro. Se for usado, pode ser preciso gastar com a reforma. Nos dois casos, o custo pode superar 10% do valor do imóvel.

Além disso, ficar com o bolso vazio é sempre um risco. A recomendação é ter pelo menos dez meses dos gastos fundamentais como reserva. É possível “flexibilizar” um pouco essa regra, mas uma reserva de pelo menos três meses de gastos é imprescindível, segundo o especialista da Fipecafi. A compra também pode ser planejada, através de outras modalidades, como comprar o imóvel na planta ou por um consórcio de imóvies.

Com o dinheiro nas mãos, a escolha do imóvel deve ser bem estudada. E a localização é o item primordial. “Você não compra o imóvel, compra o lugar onde o imóvel está. Não adianta encontrar uma pechincha se ela não se encaixa na sua vida”, aponta Simões.

Antes de fechar a compra da casa com o jardim na frente, ou o apartamento com sacada, é preciso saber se ele atende ao perfil do comprador, se a região tem boa oferta de condução, se não é muito distante do trabalho ou da escola dos filhos, se não há uma escola de samba ou uma feira no quarteirão ou se costuma ter enchente.  “Tem que entender a sua necessidade residencial. A prospecção tem que ser demorada, tem que andar muito, tem que procurar. Imóvel exige uma compra racional, cuidadosa, com muita pesquisa”, diz Simões.

 

 

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