Consórcio de Imóveis: Sonho da casa própria favorece consórcios

Consórcio de Imóveis: Sonho da casa própria favorece consórcios

Em um momento em que a procura por financiamento de imóveis bate recordes, o consórcio imobiliário surge como uma alternativa atraente para as pessoas interessadas em adquirir a casa própria mas não têm tanta pressa na aquisição.

A Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (ABAC) já identificou uma mudança de hábitos dos consumidores, o que demonstra maior credibilidade do sistema. E o aumento pela procura se deve a duas vantagens pelos consórcios:

- Menos burocracia na hora do contrato e um custo que pode representar apenas um terço do valor total
em comparação com o financiamento.

O conferente de gás Adriano da Silva Rodrigues queria comprar um imóvel novo, para sua família e analisou todas as possibilidades para viabilizar o negócio. O excesso de documentos exigidos para o financiamento no sistema bancário foi a primeira barreira que enfrentou.

Depois, procurou uma empresa de consórcios que fosse tradicional no mercado. Rodrigues decidiu entrar em um grupo e usou uma reserva de capital para dar o lance. Ao mesmo tempo, encontrou um imóvel que atendia às suas necessidades.

A decisão pelo consórcio aconteceu no momento que ele comparou as duas alternativas. No caso do financiamento, ele iniciaria pagando cerca de R$ 600 durante 30 anos, e no consórcio, pelo mesmo imóvel, a prestação mensal é de quase R$ 800, mas por um período de 8 anos. Houve agilidade também com a documentação: toda a parte burocrática foi encaminhada em apenas duas semanas. Há dois meses, Rodrigues e família moram no imóvel novo.

O representante comercial Nelson Gomes de Souza tem a casa própria, mas decidiu fazer um consórcio imobiliário para investir o dinheiro que recebe da aposentadoria. Ele não quis aplicar na poupança convencional porque acredita que as pessoas sempre recorrem à ela em caso de necessidade. 'O consórcio é uma espécie de dívida que você contrai, é um compromisso todo mês; é como se fosse uma poupança obrigatória', justifica.

Souza fez um consórcio em 48 prestações pensando em deixar o imóvel para um de seus filhos. Ele diz que não tem pressa em ser contemplado. 'Prefiro que a carta de crédito saia no final porque vou comprar um imóvel com preço à vista e sem deixar dívidas', afirma. Ele disse ainda que acredita na idoneidade das empresas que trabalham com consórcios atualmente, mas como já houve problemas no passado, preferiu fechar o negócio com um banco oficial.

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