Classe C lidera com maior participação

No primeiro quadrimestre do ano, o Sistema de Consórcios registrou alta de 4,6% na venda de novas cotas. No acumulado de janeiro a abril deste ano foram vendidas 804,2 mil novas cotas, enquanto no mesmo período de 2010, o total atingiu 768,8 mil. Os participantes ativos também apontaram elevação. Subiram de 4,30 milhões para 4,86 milhões, com alta de 13,0%.
As contemplações acumuladas nos mesmos quatro meses somaram 396,6 mil (jan-abr/2012), 14,0% mais que as 347,9 mil anteriores (jan-abr/2010).
 
A quarta pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), por intermédio da Quorum Brasil, revelou que brasileiro está mais consciente quando pretende adquirir bens ou serviços, decidindo, em razão de sua necessidade, pelo consórcio.
 
O mecanismo, que é uma forma de poupança planejada, com custos menores e com objetivo de compra definido, tem sido utilizado para realização de sonhos de consumo como imóvel - para residência própria,
lazer ou investimento; veículo automotor- automóvel, motocicleta, caminhão, máquina agrícola;  eletroeletrônico ou serviço, possibilitando a formação de patrimônio pessoal, familiar ou empresarial.
 
Com projeção entre 7% e 9% para crescimento nas vendas de novas cotas para neste ano, o estudo procurou obter um cenário de participação das classes sociais, além de gênero e faixas etárias mais presentes. Foram entrevistados mais de mil consorciados, sendo 51% contemplados e 49% não contemplados, nas cidades de Fortaleza, São Paulo, Porto Alegre, Goiânia e Belém, além de amostragem de clientes em potencial. “O levantamento registrou que quase 90% dos participantes do Sistema
entendem o consórcio como um bem de futuro”, explicou Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.
 
LEVANTAMENTO
Paralelamente, entre os potenciais consorciados, em respostas múltiplas, no formato escala entre 1 e 10, 8,50 demonstraram interesse em comprar caminhão por meio do sistema; 8,16 apontaram a motocicleta; 7,96 indicaram imóveis; 7,92 optaram pelo automóvel; 6,96 por eletroeletrônicos, enquanto 7,94 se manifestaram pelos serviços.
 
Quando comparados, os resultados de 2012 sobre os de 2006, ano da primeira pesquisa, constatou-se aumento de 108,3% na presença da Classe C no setor de automóveis. Enquanto nos consórcios de imóveis, a ampliação foi de 62,5%,nos de motocicletas atingiu 42,9% e nos de eletroeletrônicos o créscimo foi de 41,0%. No setor de caminhões, registrou-se retração de 9,0%. “A maior participação da Classe C, em quase todos os segmentos da economia, também foi expressiva nos consórcios, especialmente nos últimos seis anos. Ela só não foi maior em razão da migração de parte para a classe B, apesar da inclusão de muitos consumidores vindos da classe D”, adiantou o presidente.
 
O levantamento apontou também a crescente participação dos jovens de 20 e 29 anos nos consórcios em três dos cinco setores de bens duráveis analisados, quando relacionados os porcentuais de 2012 e 2006. A maior alta foi anotada foi de automóveis, com 140%. Nos imóveis, o aumento chegou a 50%, e, nos eletroeletrônicos, a diferença atingiu 46,7%. Apenas os setores de motocicletas e de caminhões mostraram retrações, de 27,1% e 45,5%, respectivamente. Outro aspecto importante destacado na recente pesquisa foi a presença feminina que, de 2006 para 2012, foi aumentando  gradativamente chegando a 155% no setor de eletroeletrônicos. Em segundo lugar, o setor de motocicletas com 63,6%, 45,8% em imóveis, e 35,7% em caminhões.
 
Entre os consorciados de automóveis, a participação feminina retraiu-se em 6,8%. Segundo Rossi, “a mulher economicamente ativa vem ocupando funções de liderança como diretoria, gerência ou chefia em empresas e organizações, possibilitando assim ganhos maiores, revertendo-os tanto
para a diversidade de consumo como na qualidade de vida familiar, o que a tem levado a adquirir bens duráveis, por meio do Sistema”.
 

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