Comprar um apartamento? Planejamento para adquirir o 1º imóvel

Consorcio de Imoveis: O 1º passo para quem quer comprar um imóvel é escolher aquele que pretende adquirir.

Namorados há três anos, Telma e Felipe perceberam que chegou o momento de casar. Mas antes resolveram escolher um cantinho para serem felizes para sempre. Foram para campo, começaram a procurar um apartamento pequeno e, uma semana depois do início da pesquisa, concluíram: não é fácil adquirir o 1º imóvel.

Taxas, opções de financiamento. Comprar mesmo um apartamento só para o casal? As dúvidas surgiam sem parar. Expansão imobiliária visível, influenciada pelo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, mas o leque de opções também traz uma variedade de preços, cujas cifras podem aumentar ou diminuir consideravelmente, bem como as formas de pagamento. Telma Elita, jornalista de 28 anos, sugeriu ao Tendências e Mercado que seguisse a mesma trilha que ela, com o objetivo de descobrir os melhores caminhos para conquistar a casa dos sonhos. Topamos o desafio e conversamos com alguns especialistas no assunto.

O 1º passo para quem quer comprar um imóvel é escolher aquele que pretende adquirir. “O 2º passo é adequar o imóvel à realidade orçamentária e financeira da família”, explica o consultor jurídico da Associação Brasileira de Mutuários da Habitação em Alagoas (ABMH/AL), Anthony Lima. Ele afirma que o comprador deve ter em mente que os corretores estão na ânsia de vender e que é primordial ter cautela durante a pesquisa e, principalmente, no ato da compra.

“Sabemos que o Nordeste vive um boom no mercado imobiliário, mas os valores de alguns imóveis estão exorbitantes, eles estão supervalorizados e é preciso que as pessoas não se empolguem apenas pelo local onde eles ficam e sim pelo valor e por quanto tempo ficarão pagando”, avalia.

Segundo Lima, os futuros donos de um apartamento ou de uma casa devem pensar se vão conseguir pagar as parcelas por 20, 30 anos sem contrair outras dívidas comprometedoras que possam levar à perda do imóvel e o nome sujo na praça.

Planejamento

Telma e o namorado, o servidor público Felipe Sampaio, 31, começaram a busca pelos sites de imobiliárias. Eles procuram um apartamento para casal, na planta e pretendem fazer um financiamento oferecido por alguma instituição bancária. A jornalista aguarda receber um dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o que deve ajudar no abatimento das parcelas.

“As taxas são muitas e a gente fica meio perdido. Tem a diferença no prazo, em um lugar é de apenas dez anos, outros 12. Mas ainda terei que ver a questão do meu FGTS. O valor já ajuda. Acho que todo mundo recorre ao FGTS para comprar o primeiro imóvel!”, diz.

Para Anthony Lima, o casal tomou a atitude correta ao estabelecer um planejamento: “É exatamente por aí, até porque o financiamento é um dinheiro que você vai ter que devolver”. Apesar de terem iniciado a busca há pouco tempo, Telma e Felipe têm uma agenda onde listam os apartamentos que mais gostaram. Desse modo, reúnem as características fundamentais aos interessados em fechar um bom negócio: definiram o perfil do produto que pretendem adquirir, estão fazendo pesquisas e têm consciência de sua realidade financeira.

Como eles ainda não pensam em ter filhos, não vão investir agora em um três quartos. “Com esse imóvel, o casal poderá passar para outro mais rápido, pois o investimento será menor”, acrescentou. O consultor jurídico diz que as pessoas podem utilizar o dinheiro extra que entra, em especial no fim do ano, exemplo do 13º e férias, para abater o saldo devedor e diminuir o tempo de pagamento e os juros.

Até porque comprar um imóvel à vista não é privilégio para todos. Quem financia, deve lembrar que os bancos não são a única alternativa. É possível negociar com as construtoras. Porém, em ambos os casos, é necessário tomar cuidados básicos

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