Aproveite o inverno para conhecer uma cidade histórica
A fama de Diamantina (MG) começou com a descoberta das pedras preciosas, quando ainda era conhecida como Arraial do Tejuco, nos idos do século XVIII. A cidade tem o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco em 1999, que revelou ao mundo um cenário intocado formado por igrejas barrocas e casario colonial espalhados por ruas calçadas em pedra e iluminadas por lampião.
Cultura, história e natureza permeiam as atividades no local. São belas igrejas, sobrados e casarões suntuosos que remetem ao período colonial, quando a vida no arraial girava em torno da extração de pedras preciosas. Destaque para as casas do Muxarabiê (com influência arquitetônica árabe); da Glória (com passadiço aéreo); e de Chica da Silva. Também merecem visita o Museu do Diamante, a igreja de Nossa Senhora do Carmo, a Casa de Juscelino Kubitschek e o Mercado Municipal.
Diamantina, porém, descortinou ainda muitos outros encantos. Exibiu a moldura exuberante formada pela Serra do Espinhaço, salpicada por grutas e cachoeiras; e a tradição das festas culturais, como as serestas que deram origem ao mais famoso evento da região, a Vesperata. Realizado nas noites de sábado, o concerto reúne uma multidão na rua da Quitanda. Na ocasião, as sacadas dos sobrados coloniais são tomadas por músicos que tocam valsas, boleros, sambas... impossível não se emocionar!
O charme rústico da cidade espalhou-se ainda por seus arredores. Uma estradinha de terra e muita poeira levam às graciosas vilas de Milho Verde, Biribiri e São Gonçalo do Rio das Pedras. Cercadas por trilhas, cachoeiras, caminhos de pedra e recantos perfeitos para saborear quitutes da culinária mineira, revelam um pedaço da história onde o tempo parou.
Entre as cachoeiras mais bonitas de Diamantina estão Sentinela, das Fadas, dos Cristais, da Toca e Três Quedas - esta última, com 70 metros de altura. As cascatas formam piscinas e poços de águas cristalinas, perfeitos para banhos. Nos arredores do povoado de Milho Verde também há belas quedas, como a do Piolho (40 metros) e a do Moinho (20 metros).
Vale a pena também conferir o Caminho dos Escravos. O caminho de pedra construído pelos escravos no século XIX fazia parte da antiga Estrada Real. Ao longo da caminhada observa-se a mata nativa, rios, cascatas e vista panorâmica de Diamantina.