Matéria da TV Cultura sobre o aumento nas vendas de cotas de consórcios em 2010, no consórcio de imóveis e principalmente no consórcio de automóveis.
O Jornal da Cultura entrevistou o Presidente Executivo da Abac – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, Paulo Rossi “O perfil do comprador de consórcio é basicamente os da classe A e B, mas nós sentimos que as classes C e D estão ocupando um espaço cada vez maior, principalmente para o setor de motocicletas e setor de veículos leves”.
Nesta reportagem o Jornal destaca um comprador assíduo de consórcios. Este consumidor compra cotas há 10 anos, já retirou 5 carros e atualmente esta participando de outros dois grupos de consórcios. Segundo o consumidor Maurício, ”Você paga uma taxa de administração diluída pelo prazo. Os bancos estão cobrando uma média de 2% ao mês de juros e no caso do consórcio cai para 0,2% ao mês”.
Entre os motivos deste crescimento, nas vendas de cotas de consórcio, está os juros altos dos financiamentos bancários.
Segundo o gerente de consórcio Benilson Rodrigues "O povo está mais consciente com a questão financeira, em poder poupar para ter o bem ao invés de você pagar para ter o luxo, de ter um carro imediatamente e com certeza pagar o dobro no final".
Segundo a reportagem a diferença no preço final do bem é de 48%. O valor de um carro de R$37.000,00, financiado em 60 meses sai por R$63 mil. No caso do mesmo veículo no Consórcio de Automóveis, o consumidor irá pagar 60 parcelas de R$711,00, que dará um total de R$42.000,00, uma grande diferença de R$21.000,00.
Veja o comparativo
Comprar um automóvel que custa R$37.000,00:
Financiamento 60 x R$ 1.050,00 = R$ 63 mil
Consórcio 60 x R$ 711,00 = R$ 42 mil
Diferença de R$ 21.000,00 o que equivale a 48% do bem.
Segundo a Abac só nos primeiros cinco meses deste 2010 as vendas cresceram 14,4%, em relação ao mesmo período do ano passado. O maior crescimento foi registrado nos veículos leves, 40%.
Porém, antes de participar de um consórcio pesquise se a administradora está cadastrada no Banco Central. Também você deve prestar atenção no contrato. "E também ter bastante cuidado em não acreditar em promessas verbais, ou seja, tudo aquilo que estiver indicado na propaganda ou, que realmente, foi lhe prometido tem que estar escrito no contrato” alerta Paulo Rossi.