O Correio Braziliense lançou a matéria sobre o avanço nas vendas de consórcios este ano, em especial no Consórcio de Imóveis. Segundo este jornal, comprar a sonhada casa própria, que hoje está mais fácil com o sistema de financiamento, porém há uma taxa alta de juros, comprar o carro ou a moto do momento ou mesmo melhorar a aparência com um badalado cirurgião plástico, tudo isso é possível, se planejado passo a passo por meio de planos de consórcios.
Segue a matéria:
Segundo a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac), há no Brasil, hoje, 3,8 milhões de participantes do sistema. Até maio, foram comercializadas 859.933 cotas e contempladas 396.379. O consórcio é considerado uma organizada programação de compra e uma forma gradativa de construir patrimônio. “Trata-se de um mecanismo de poupança atrelada à aquisição de um bem que, muitas vezes, não se pode pagar à vista”, diz Elisrégia Alves dos Reis, presidente da Regional Norte e Centro-Oeste da Abac. No consórcio, os participantes pagam uma taxa de administração pré-fixada. No caso de imóveis, com planos de 120 meses, por exemplo, ela varia de 13% a 18% no total, ou seja, fica diluída em 0,15% ao mês.
Nos cálculos de Elisrégia, um imóvel no valor de R$ 200 mil, parcelado em 10 anos, considerando-se a taxa de administração e o seguro de vida opcional (2% no total, ou 0,02% ao mês), terá uma prestação mensal de R$ 2 mil. Se o mesmo bem fosse adquirido com base na taxa básica de juros (Selic), de 10,25% ao ano, a prestação ficaria em exatos R$ 4.392.
O professor Francisco Barone, da Fundação Getulio Vargas (FGV), concorda que o consórcio é uma forma de poupar, mas é preciso ter cuidado com as taxas de administração. Por isso, é importante ler com atenção o contrato de adesão antes de entrar no grupo e não comprometer mais de 30% da renda na prestação. Para ele, se o cidadão for mesmo disciplinado, “a melhor aplicação pensando no consumo futuro ainda é a caderneta de poupança, que rende 6% ao ano, mais 0,5% ao mês da TR (Taxa Referencial)”.
O Sistema de Consórcio já representa 1% do Produto Interno Bruto (PIB), registrando crescimento de 48,8% nos primeiros cinco meses do ano. O volume de negócios chegou a R$ 25,6 bilhões ante os R$ 17,2 bilhões contabilizados entre janeiro e maio de 2009.