Consórcio de Imóveis: Brasileiros consideram o consórcio uma poupança programada

Consórcio de Imóveis: Brasileiros consideram o consórcio como uma poupança programada

IBGE e Abac analisam o mercado imobiliário e registram um crescimento nas adesões aos consórcios. Apesar da caderneta de poupança ainda ser considerada uma ótima forma de investimento, a dificuldade de disciplina para manter o compromisso de guardar o dinheiro, faz com que os brasileiros utilizem o consórcio como uma poupança programada, para planejar a compra de um bem.

Leia a matéria na íntegra:

Nos cinco primeiros meses do ano, os dados do Sistema de Consórcios mostram que o crescimento tem superado as projeções de 10%, feitas para 2010. Os brasileiros buscaram 14,4% mais os consórcios. Foram vendidas 860 mil novas cotas (jan-mai/2010) contra 751,9 mil no mesmo período há um ano. Também as contemplações subiram. Enquanto em 2009 somavam 385,9 mil (jan-mai), este ano já superaram 396,4 mil (jan-mai). Atualmente, há mais de 3,88 milhões de participantes.

Mais do que comprar bens de consumo, que satisfazem temporariamente os modismos, o objetivo do consumidor é formar um patrimônio ou aumentar o patrimônio individual ou familiar. Segundo estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16% do orçamento familiar tinha esse destino há 34 anos. Ao longo das últimas décadas ele vem se reduzido, chegando recentemente a menos de 6%.

Apesar do primeiro passo ser a tradicional caderneta de poupança, os números sinalizam o inverso. "A indisciplina na regularidade do cumprimento do compromisso confirma-se pelas mais de 27 milhões de contas inativas com menos de R$ 20,00, sem movimentação há pelo menos seis meses, segundo o Banco Central", esclarece Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).

Mesmo que os indicadores apontem aspectos positivos na confiança do consumidor, existe sempre a dependência para a forma de concretização dessa atitude. As maneiras de fazê-la, por vezes, passam pelo pagamento de juros.  "Entre as várias possibilidades de aquisição parcelada de bens e formação patrimonial está o consórcio, que há mais de 45 anos, tem uma história de forte presença", diz Rossi. "Sem juros e com parcelamento integral do valor desejado, esse mecanismo vem registrando uma procura crescente".

Com objetivo definido, o Sistema tem sido escolhido como opção segura e econômica tanto para pessoas físicas como para jurídicas. "O aumento do interesse é comprovado pela elevação do valor médio da cota dos imóveis e dos automóveis em mais de 12%, nos últimos doze meses. Em todos os segmentos, o aumento foi de 26,8%. Um poder aquisitivo maior vem se refletindo na contratação de compromissos de longo prazo, uma das características dos consórcios, cuja decisão se apoia na segurança do emprego e na estabilidade econômica", complementa o presidente da ABAC.

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