Consórcio de Imóveis: Dicas para comprar um imóvel e realizar o seu sonho!

Consórcio de Imóveis: Dicas para comprar um imóvel e realizar o seu sonho!

A Revista Veja entrevistou profissionais corretores de imóveis e listou diversas dicas de como adquirir o seu imóvel com segurança e tranquilidade. Entre as principais opções está o consórcio de imóveis.

Leia a matéria na íntegra:

Os riscos de comprar imóvel na planta são hoje maiores ou menores que no passado?
Desde a quebra monumental da Encol, há quatro anos, o próprio mercado passou a se policiar melhor, mas ainda há uma dose de risco nas compras para entrega futura de apartamentos. Não existe aquisição 100% segura nessa modalidade. O conselho mais valioso é comprar de empresas com reputação de seriedade e solidez e livres de reclamações nos Procons.

Os problemas mais comuns que acompanham a compra de apartamentos na planta são: atraso na entrega, alteração da metragem dos cômodos, embargo da obra por irregularidades na prefeitura, reajustes não previstos em contrato e padrão de qualidade abaixo do esperado ou anunciado. Sem falar, é claro, do risco de cair na mão de vigaristas que somem com o dinheiro dos clientes.

É normal o preço do imóvel variar durante a obra?
Não é incomum. Nas obras contratadas "por empreitada", os reajustes são menos bruscos. Quando a compra é feita "a preço de custo", o valor efetivo da obra será repassado automaticamente aos futuros moradores. São muitas as variáveis: entrada, prestações intermediárias, índices e periodicidade de reajustes, entrega das chaves. Por isso é bom (e não é caro) contratar um advogado para ajudar.

Que cuidados tomar na hora da assinatura do contrato?
Os contratos devem ser assinados na presença de testemunhas qualificadas e do vendedor. Guarde uma via original e verifique se todas as assinaturas têm firma reconhecida.

O que são as plantas flexíveis?
Muitas construtoras passaram a oferecer essa alternativa. São, em geral, apartamentos com disposição variável de dormitórios, suítes, salas ou escritório, dentro do mesmo espaço total. O cliente pode desenhar o apartamento a seu gosto. A desvantagem é que o preço do imóvel pode subir conforme as modificações. Além disso, na hora de vender, as alterações poderão ter pouca ou nenhuma valorização no mercado.

Quando é melhor comprar um imóvel usado?
Há regiões em que a oferta de novas unidades é limitada. Além disso, os imóveis usados costumam ser mais baratos, obviamente, e permitem uma reforma personalizada. Há sempre o risco de existir alguma pendência anterior que impeça a transferência do bem para o comprador. O ideal é ter um advogado ou uma corretora para garantir a segurança do negócio.

Comprar um imóvel ocupado é arriscado?
Se o morador for o proprietário, não há problema, porque sempre será possível negociar a desocupação como requisito para o pagamento. Se for um locatário, o melhor é não comprar.

Quem deve pagar a taxa de corretagem?
Em geral a taxa de 6% é paga por quem vende o imóvel. Mas isso pode virar moeda de troca na hora da negociação. Há a possibilidade de o proprietário, por exemplo, aceitar uma oferta menor de preço e propor que a corretagem seja paga pelo comprador.

Como saber se a taxa de condomínio é abusiva?
Não existe almoço grátis. Se o prédio estiver em condições desfavoráveis de conservação, saiba que cedo ou tarde haverá reformas e o custo delas será rateado entre os condôminos. Portanto, faça logo os ajustes no preço do apartamento, pois o valor baixo pode esconder as necessidades de reforma do prédio mais adiante. É fundamental também verificar a situação econômica do condomínio. Taxas muito altas de inadimplência indicam uma vizinhança com problemas financeiros crônicos, o que pode prejudicar o ambiente do edifício e pesar na conta do condomínio.

Os lofts estão muito na moda. Eles são mais caros por isso?
Com pé-direito alto e grandes ambientes sem paredes, os lofts viraram uma opção de estilo de vida moderno. Sua origem está nos distritos de artistas de Nova York. No Brasil, adaptou-se esse conceito para prédios novos, tendo como principal atrativo a possibilidade de o morador dividir e preencher o espaço como quiser. Eles constituem uma boa opção para solteiros ou jovens casais, por serem erguidos em regiões com estrutura de serviços satisfatória, como lavanderias, restaurantes e supermercados. Se o casal não pretende ter filhos a curto prazo, o loft é uma alternativa interessante.

Quais são as desvantagens evidentes na compra de um loft?
Não espere pagar menos por ele por causa da aparente falta de requinte. Nem espere vendê-lo por preço acima do de mercado apenas porque está na moda.

Quem vai comprar um imóvel deve dispor de quanto para a entrada?
No caso da maioria dos imóveis na planta, os valores giram em torno de 20%. Quanto aos financiamentos bancários, esse valor é de no mínimo 50% do total. A linha de crédito do Sistema Financeiro da Habitação estabelece o seguinte critério: para o valor do imóvel entre o mínimo de 40 000 reais e o máximo de 300 000 reais, o valor de financiamento entre o mínimo de 20 000 reais e o máximo de 150 000 reais.

O consórcio de imóveis é uma boa opção de compra?
Como o consórcio de automóveis, o consórcio de imóveis é fiscalizado pelo governo. Ao escolher essa modalidade, é preciso checar a idoneidade e a saúde financeira da empresa que o organiza. Valem as mesmas regras de segurança das compras na planta.

Qual a vantagem do consórcio?
O principal atrativo está no baixo valor das prestações.  Enquanto um financiamento não sai por menos de 12% do preço total por ano, no consórcio se paga uma fração disso.

Os prazos são longos?
Exatamente para poderem cobrar menos, as construtoras esticam os prazos de conclusão das obras vendidas por consórcio. Por isso, quem compra por essa modalidade tem que esperar ser sorteado, ou ter o dinheiro para dar o lance, para ter sua cota contemplada logo.

Quanto um comprador de imóvel pode comprometer de sua renda para pagar as prestações?
A experiência indica que o melhor parâmetro é de 20% a 25%. Mesmo para aqueles casos de financiamento direto sem comprovação de renda ou alguma outra restrição, os especialistas do setor recomendam nunca comprometer mais que 30% da renda familiar na compra do imóvel.

 

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