Consórcio vai girar R$ 60 bi, puxado por imóveis e carros

Consórcio vai girar R$ 60 bi, puxado por imóveis e carros

Puxado pela venda de imóveis e de carros, o setor de consórcios deve movimentar R$ 60 bilhões em vendas de cotas este ano, expansão de 25% na comparação com 2009, segundo levantamento da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios). Após período de crescimento modesto, o segmento se aqueceu nos últimos meses, graças ao aumento do consumo das classes de menor renda, principalmente a classe C, e do boom no mercado imobiliário.

Na avaliação do presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, com a melhora da renda da população, muita gente passou a consumir mais. "Quem não precisa do bem imediatamente resolve fazer consórcio e ir pagando aos poucos, sem juros", diz ele.

Nos consórcios de imóveis, outro fator que alavancou as vendas, na avaliação de Rossi, foi a aprovação do uso do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para complementar o valor da carta de crédito, pagar parte das parcelas ou amortizar as cotas.

Desde 2002, o FGTS era permitido apenas para dar lance nos sorteios mensais. Em 2009, o Banco Central, ao criar uma lei para regulamentar o setor, permitiu o uso para outros fins. Este ano, o conselho curador do fundo regulou a utilização, limitando a imóveis de até R$ 500 mil.

Desde fevereiro é possível usar o FGTS, mas nos primeiros meses a liberação acabou demorando e assustou alguns clientes que tentaram utilizar o serviço. "As próprias administradoras estavam aprendendo os procedimentos, que eram novos", diz Rossi. Segundo ele, isso já foi normalizado e agora o processo demora cerca de 30 dias, desde que a pessoa tenha todos os documentos exigidos pela Caixa Econômica Federal para liberar o recurso.

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