Os consórcios estão cada vez mais atraindo o interesse do consumidor brasileiro. Números da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), divulgados nesta terça-feira (15), mostram que o número de consorciados cresceu 6,8% entre os anos de 2009 e 2010, passando de 3,8 milhões, para 4,06 milhões de pessoas.
"O consórcio é bom porque não tem as altas taxas de juros, permite o planejamento financeiro e, quando contemplado, o consorciado tem a carta de crédito que permite a barganha de preço, fazendo com que ele obtenha as vantagens do preço à vista e não os preços mais altos cobrados nas compras a prazo", explica Paulo Rossi, presidente executivo da entidade.
Os números mostram ainda que o volume de negócios cresceu 30,8% no período, passando de R$ 48,8 bilhões em 2009 para R$ 63,2 bilhões em 2010.
Motivos
Para o executivo, os números recordes podem ser atribuídos ao bom momento econômico nacional. "Nesse período vimos o crescimento das classes C e D e a consolidação das classes A e B. Temos agora estabilidade econômica, segurança no emprego e tivemos a consolidação da renda do trabalhador brasileiro", explica.
E completa: "além disso, vemos que o planejamento financeiro está cada vez mais presente na vida das famílias brasileiras. E o consórcio é planejamento, é você planejar adquirir um bem dentro de um período pré-definido, pagando parcelas que cabem no bolso. Os brasileiros já entenderam que os consórcios são investimentos para o futuro, para a ampliação do patrimônio".
Rossi afirmou ainda que os consumidores também já aprenderam que o consórcio é flexível e pode ajudá-los a obter bens dentro do curto e médio prazo. "Um pai que quer dar um carro ao filho de 15 anos quando ele completar 18 pode fazer um consórcio desde já e ter a carta de crédito disponível do prazo planejado. Além disso, há flexibilidade da compra. Com o crédito em mãos, cabe ao consumidor decidir se comprará um veículo novo ou usado, por exemplo", finaliza o presidente.