Consórcios movimentam R$ 52,6 bilhões e crescem 6,3%

O Sistema de Consórcios movimentou R$ 52,6 bilhões nos oito primeiros meses deste ano. Com participação das atividades nos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços, teve alta de 6,3% sobre o mesmo período do ano passado. Os maiores negócios foram verificados no setor de veículos leves (automóveis, utilitários e camionetas) com R$ 24,2 bilhões, seguido pelo de imóveis com R$ 13,2 bilhões e pelo de motocicletas com R$ 9,9 bilhões.
 
O setor de pesados, que inclui caminhões, tratores, implementos rodoviários e agrícolas, termômetro da economia, chegou aos R$ 5,1 bilhões. Com totais menores, porém importantes em seus mercados, os eletroeletrônicos atingiram R$ 142,9 milhões, e o de serviços com R$ 48,4 milhões.
 
As vendas de novas cotas acumularam 1,67 milhão, de janeiro a agosto deste ano, 1,8% acima do mesmo período em 2011. As contemplações, momento que os consorciados vão ao mercado para adquirir bens e serviços, somaram 807,6 mil, crescimento de 13,7% sobre o ano anterior.
 
Segundo o presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, Paulo Roberto Rossi, “os resultados obtidos nesses oito meses, mostram que o consumidor continua considerando o planejamento financeiro como importante ferramenta de decisão para a aquisição de bens e serviços”.
 
Pesquisa realizada recentemente pela Quorum Brasil, a pedido da ABAC, mostrou que 8,97 consorciados em 10 apontam os consórcios como bem de futuro, índice superior à poupança (8,60), previdência privada (8,70), aplicação financeira (8,56) e ações (7,99) e inferior apenas aos imóveis (9,21). O levantamento também revelou que o percentual apurado em 2012 é maior que o de 2011.
 
Outro aspecto importante destacado na pesquisa foi a presença feminina que, de 2006 para 2012, vem aumentando de forma gradativa em alguns segmentos. Atingiu 155% no setor de eletroeletrônicos e, em segundo lugar, 63,6% no setor de motocicletas.
 
Segundo Rossi, “a mulher economicamente ativa vem ocupando funções de liderança como diretoria, gerência ou chefia em empresas e organizações, possibilitando assim ganhos maiores, revertendo-os tanto para a diversidade de consumo como na qualidade de vida familiar, o que a tem levado a adquirir bens duráveis por meio do Sistema”.
 
A soma dos participantes ativos chegou aos 5,04 milhões em agosto. Apresentou crescimento de 11,3% em relação aos 4,53 milhões do mesmo mês no ano passado. Ao longo dos anos, o crescimento tem sido gradativo e consolidado principalmente por utilizar um sistema de autofinanciamento, dispensar a utilização de dinheiro público e não gerar impacto inflacionário já que, por ser mecanismo regulador de demanda, torna a venda futura planejada e segura.
 

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