Consórcios voltam a atrair consumidores

 

O setor de consórcio de carros e motos, que conheceu seu auge nos anos 1990 e enfrentou um período de declínio na década seguinte, voltou a se tornar uma opção atrativa para o consumidor. O setor registrou, no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 26,8% sobre o mesmo período do ano passado. Atento a este crescimento, o Portal da Band traz informações importantes para quem deseja adquirir seu veículo por meio desta modalidade.
 
A participação do consórcio no mercado interno de veículos vem crescendo consideravelmente. Segundo dados da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), 14,2% dos automóveis, camionetas e utilitários foram vendidos por meio desta modalidade no primeiro semestre. No mesmo período de 2011, o índice foi de 11,2%.
 
No setor de motos, a presença dos consórcios foi ainda maior. Enquanto nos seis primeiros meses de 2011 chegou a 30,9% da comercialização de motocicletas e motonetas no país, em 2012 registrou  40,1%, aumento de 29,8%.
 
Como funciona 
O consórcio é, basicamente, um sistema coletivo para aquisição de bens, como veículos, imóveis ou outros. Os integrantes da modalidade, chamados de cotistas, contribuem com uma quantia em dinheiro periódica para a compra do produto. Estes valores são utilizados para contemplar os participantes com o crédito para a aquisição. 
 
Portanto, consórcio é a arte de poupar em grupo. Se você não precisa de imediato de um determinado bem ou serviço e se puder aplicar parte de sua renda, aquela que não será utilizada como despesa, você tem o perfil de um poupador e portanto, de um consorciado.
 
Na prática, o consórcio se torna um sistema de compra parcelada por um longo prazo de pagamento. Os planos atualmente disponíveis no mercado podem chegar a um financiamento de até 60 meses. Os veículos podem ser arrematados por lances (uma antecipação em dinheiro) ou por sorteio entre os participantes.
 
Evolução na compra
 
Uma das mudanças observadas nos últimos anos é a busca, no consórcio, por carros de maior preço. O investimento médio por consumidor passou de R$ 40,4 mil em janeiro para R$ 43,8 mil em junho, um incremento de 9,2%.  
 
O presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, explica que o consumidor tem se programado melhor e, desta forma, reunindo condições de adquirir carros mais sofisticados. 
 
“Ao planejar a compra e considerar especialmente custos menores e parcelas mensais mais acessíveis aos orçamentos, o consumidor tem procurado fazer adesão com valores maiores, sinalizando um ‘upgrade’ nos objetivos de compra”.
 
Dicas
 
Quem deseja participar de um consórcio para adquirir um veículo precisa ficar atento a alguns fatores para não transformar o negócio em uma aposta desagradável. Antes de tudo, é importantíssimo pesquisar sobre a administradora escolhida. Confira o histórico da empresa e também o índice de inadimplência dos demais cotistas. Algumas destas informações podem ser obtidas no site do Banco Central.
 
Passada esta etapa, é chegada a hora de escolher a forma de participar do consórcio. O primeiro ponto a levar em consideração é o prazo de entrega do veículo. Como os prazos são longos, é possível que você receba o produto apenas no final do processo. Ou seja, se você precisa do carro ou moto imediatamente, esta não é a melhor opção. 
 
Um segundo fator importante é a possibilidade de oferecer um lance para acelerar o recebimento do veículo. Se você possuir um dinheiro poupado, a opção se torna viável e vantajosa. Pesquise se o valor que você possui é suficiente para um lance vencedor. Se você for um bom poupador, convém esperar até que estes recursos se tornem mais substanciosos. 
 
O consumidor também fazer contas durante todo o processo para saber até que ponto continuar em um consórcio é vantajoso. Embora as taxas sejam bem menores do que os juros de um financiamento convencional, é preciso ficar atento aos reajustes dos índices de inflação. 
 
Caso não queria continuar participando de um consórcio, é possível realizar a venda da cota.  Várias empresas fazem esta compra, mas é preciso pesquisar muito para obter o melhor valor.

Publicado em: