O Sistema de Consórcios, em 2010, se consolida como um instrumento utilizado por milhões de brasileiros para a aquisição de imóveis, automóveis ou serviços.
Até setembro deste ano, a adesão aos consórcios aumentou 6,2% e atingiu 1,55 milhão de novas cotas. Todos os segmentos estão em evolução, mas há produtos que apresentam ampliação significativa como o Consórcio de Imóveis, Consórcio de Automóveis (para bens de luxo) e Consórcios de Serviços para viagens e tratamentos estéticos.
A atratividade dos Consórcios está na ausência de juros, baixa taxa de administração e nos prazos dilatados para pagamento do crédito.
Os índices de reajustes das parcelas dependem do produto. No caso de imóveis, por exemplo, os balizadores podem ser o Índice Nacional de Custo da Construção (INPC) ou o Custo Unitário Básico da Construção (CUB).
Balanço da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac), referente ao período de janeiro a setembro, informa que o aumento no segmento de veículos automotores em geral foi de 6% na venda de cotas, nas contemplações e na quantidade de participantes. No acumulado até setembro de 2010, havia na carteira 3,29 milhões de consorciados e 651 mil pessoas foram contempladas.
Segundo a Abac, o Consórcio de Imóveis apresentou um avanço do tíquete médio da cota de 21,4%. O valor subiu de R$ 83,655 mil, em setembro do ano passado , para R$ 101,578 mil em igual mês de 2010.
O presidente da Abac em São Paulo, Luiz Fernando Savian, afirma que no ano passado entraram em vigor regras que permitiram expandir a oferta de produtos e serviços por meio de consórcios. "Após quase dois anos da comercialização de cotas de serviços, há uma grande procura por cotas para financiar festa de casamento e formatura, tratamentos estéticos e viagens. Há ainda uma alta nas negociações de cotas para a aquisição de carros e motos importadas, jet sky, barcos e a compra de imóveis de maior valor", analisa.
O executivo salienta que o setor está bastante otimista acerca dos resultados deste ano. "Nós prevíamos um aumento de 8% em 2010. Mas estamos revendo nossas projeções para 10% ou 12%. Se a economia permanecer em crescimento no próximo ano, o patamar deverá se mantido. O incremento da renda das classes C e D promove um acréscimo de consorciados", diz, lembrando que a elevação da renda do brasileiro estimulou a busca por cotas de consórcios para bens de maior valor , como carros mais equipados e casas de até R$ 400 mil.