Cresce participação dos consórcios nas vendas de veículos

A mudança de comportamento do brasileiro vem acontecendo há alguns anos e sinaliza que a busca pela qualidade de vida e pela formação patrimonial tem ocupado lugar de destaque em seus objetivos. 

Se qualidade de vida pessoal ou familiar significa usufruir melhores condições de bem estar físico, social, incluindo saúde e educação, a quantificação dessa evolução passa pela melhor forma de obtê-las. A conquista patrimonial, por exemplo, pode ser medida pela relação custo/benefício. Nesse foco, o Sistema de Consórcio vem sendo escolhido como mecanismo para sua realização. 
 
Dados regionais sobre participação dos consórcios nas vendas internas de veículos leves (automóveis, utilitários e camionetas), levantados pela assessoria econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), revelaram uma distribuição crescente e equilibrada por região, nos últimos três anos. 
 
Enquanto a média nacional subiu 51,3%, saltando de 7,8% em 2009, para 11,8% em 2011, no Centro-oeste o crescimento foi de 78,8%, partindo de 6,6% em 2009, para 11,8% em 2011. Paralelamente, nas demais regiões o aumento também foi significativo como no Nordeste, com 70,2%, seguido pelo Sudeste com 58,0%. Depois vieram as regiões Norte com 41,1% e a Sul, onde a evolução chegou aos 21,0%. 
 
A nova postura do consumidor brasileiro, adotada pela classe C, somada à crescente participação feminina e dos jovens em todo o país, descentralizou o consumo e fez com que, ao planejar seus objetivos, escolhessem os consórcios para aquisição de bens e serviços na forma mais econômica, simples e objetiva disponível - explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac. 
 
Ao analisar individualmente cada estado da federação, nota-se que, entre aqueles que estiveram acima da média nacional (11,8%) e apontaram maior crescimento, de 2009 a 2011, estão cinco estados nordestinos, seguidos por quatro do Norte, três do Centro-oeste e dois do Sul. A Bahia, líder nessa tabela, registrou alta de 84,2%, subindo de 11,4% (2009) para 21,0% (2011). Os estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, além do Distrito Federal, apresentaram uma alta acima de 100%, mais que o dobro. Nenhum estado apontou retração. 
 
No Rio Grande do Norte houve aumento de 123,4% naqueles três anos. Em 2009, registrava-se participação de 6,4%, enquanto em 2011, era de 14,3%. Em Pernambuco, também no nordeste, região de maior crescimento, a evolução foi de 105%. A presença subiu de 4,0% (2009) para 8,2% (2011). Na capital do país, o percentual do Distrito Federal, uma cidade-estado, cresceu 108,6%. Enquanto em 2009 era de 3,5%, em 2011, atingia 7,3%. 
 
Os números mostram que o brasileiro, sentindo-se seguro em seu emprego e com renda em alta, esteja onde estiver no país, está cada vez mais atento aos seus gastos e investimentos. Vem aderindo aos consórcios em razão de seus baixos custos e por entender que sua semelhança à poupança, porém com objetivo definido, o disciplina para aquisição de bens e serviços, tendo como objetivo maior a formação de patrimônio pessoal, familiar ou empresarial - diz Rossi. 
 

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