Empurrão dado pela crise

Segmento dos consórcios para carros se beneficiou com o aperto aos financiamentos

O mais tradicional dos segmentos de consórcios brasileiros cresceu 6,6% no ano passado e segue em alta nos primeiros meses deste ano, considerando os grupos de motos, automóveis, máquinas agrícolas e caminhões. No entanto, o consórcio de veículos tende a se beneficiar dos efeitos da crise mundial, como a restrição ao crédito, o aumento dos spreads bancários e, principalmente, a diminuição nos prazos de financiamento.

A comercialização de novas cotas nos veículos leves – automóveis, utilitários e camionetas – cresceu 28,5%, no primeiro trimestre em comparação a igual período do ano passado, subindo de 62,2 mil para 79,9 mil. Com isso, a soma de participantes saltou de 760,2 mil (mar/2008) para 787,3 mil (mar/2009), indicando uma alta de 3,6%. As contemplações acumularam 44,7 mil no primeiro trimestre de 2009, 3,5% a mais que as 43,2 mil do mesmo período do ano passado.

Nos veículos pesados – caminhões, ônibus, implementos rodoviários e agrícolas, tratores – houve elevação de 15,9% no total de consorciados ativos. Em março de 2008 havia 139,8 mil, enquanto no mesmo mês deste ano, foi superada a marca de 162 mil. As adesões no primeiro trimestre foram de 8,6 mil de 2009, 2,5% mais que as 8,4 mil de igual período do ano passado.

O segmento de motocicletas, o de maior presença no Sistema de Consórcios (54,3%), apresentou alta de 40,8% nas contemplações.

Enquanto em janeiro, fevereiro e março do ano passado havia 106,2 mil, este ano, nos mesmos três meses, o acumulado superou 149,5 mil. Com esse resultado, a participação mensal dos consórcios saltou de 21% (mar/2008) para 48,3% (mar/2009) no mercado interno.

A entrada de novos participantes acumulou 266,8 (jan-mar/2009), 11,5% mais que as 239,3 mil pessoas (jan-mar/2008) do ano anterior. Em março deste ano, o volume de participantes somou 1,97 milhão, enquanto há um ano, era 1,83 milhão. Uma expansão de 7,6%.

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