O consórcio de veículos já faz parte da realidade de muitos brasileiros. Tanto é que 70% dos internautas que participaram da enquete da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) sobre o tema afirmaram que já compraram veículos na modalidade.
Não é à toa que o número de consumidores que compram seus veículos por meio do consórcio é significativo. De acordo com dados da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio), em 2010, o número de cotas contempladas desse tipo de modalidade cresceu 5,7% na comparação com 2009.
Ao todo, foram contempladas 824,9 mil cotas. Já as novas cotas comercializadas aumentaram 9,7% no acumulado do ano, totalizando 1,81 milhão. No ano passado, o segmento também registrou alta no número de participantes ativos, de 7,3%.
Apesar do forte crescimento, o setor ainda pode crescer mais. Segundo a Fenabrave, 20% dos que participaram da enquete nunca pensaram em adquirir um carro por meio de consórcio, ao passo que 10% disseram que nunca comprarão por meio dessa modalidade.
Oportunidades
De acordo com a associação, o consórcio acabou se tornando uma oportunidade para muitos consumidores de baixa renda adquirirem um carro de valor mais alto. Segundo a associação, se o consumidor financiar o veículo, ele acaba comprando um carro popular, devido aos juros. Já no consórcio, ele consegue comprar um veículo de uma categoria melhor, com o mesmo valor.
Em um consórcio de R$ 40 mil, com duração de 60 meses, por exemplo, a parcela inicial fica em torno de R$ 700. Já em um financiamento de igual valor e prazo, a parcela inicial seria superior a R$ 1 mil. Os dados mostram que, para veículos leves, o tíquete anual médio subiu de R$ 33.821 nos 12 meses de 2009 para R$ 39.653 no mesmo período de 2010.