Com o mercado aquecido pela estabilidade econômica, pela oferta de crédito imobiliário e por uma tendência na compra de imóveis para investimentos, os preços nos lançamentos de imóveis e nas negociações de imóveis usados tiveram uma grande alta.
As pesquisas mensais do Creci/SP apontam a evolução no preço médio do m2 dos imóveis usados e do aluguel, nas seguintes proporções: para usados, em janeiro houve elevação de 14,14%; em fevereiro, queda de 1,86%; e em março alta de 5,66%, somando 18,36% no acumulado do trimestre.
É verdade que o Brasil não dispõe ainda de indicadores confiáveis da evolução dos preços de imóveis. Considerando o resultado da “bolha imobiliária” nos EUA, o governo brasileiro pretende lançar um indicador para monitorar os preços dos imóveis no Brasil, que será acompanhado pelo IBGE. Este índice auxiliará nas pesquisas sobre se o preço dos imóveis está alto demais para o retorno do investimento (preço do aluguel).
Mas especialistas divergem sobre a possibilidade de uma “bolha imobiliária” no Brasil. Antes do “boom imobiliário” que ocorreu nos EUA, houve uma grande inadimplência em 2006. Porém, nesta situação, os bancos deveriam conter as negociações de créditos imobiliários, o que foi ignorado pelas instituições.
Desta forma tanto a existência de um indicador imobiliário como uma observação do mercado de crédito poderão antecipar uma possível situação crítica no Mercado Imobiliário Brasileiro.