Investimento de menor risco e com retorno certo

Para adquirir bens e serviços sem comprometer a renda familiar e fugir dos juros, programe a sua compra pelo consórcio.

Para adquirir bens e serviços sem comprometer a renda familiar e fugir dos juros abusivos dos financiamentos, especialistas indicam planejamento. Dentre as inúmeras formas de guardar dinheiro e programar a compra de imóvel ou carro, por exemplo, é fazer um consórcio.

Somente nos primeiros quatro meses deste ano, a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) registrou aumento de 13% de aquisição em relação ao mesmo período do ano passado, totalizado 4,86 milhões de cotistas em todo Brasil. Esse crescimento é justificado pelo aumento da classe C no mercado e a estabilidade de emprego dos trabalhadores, segundo o presidente regional da Abac, João Pedro de Andrade Salomão.
 
A compra da cota é realizada por meio de grupos de investidores, que se comprometem a pagar as parcelas mensalmente, valores definidos na hora do contrato. "O consórcio só não é mais vantajoso do que a compra à vista", afirma Salomão. Segundo ele, esse investimento é indicado para a compra de bens e serviços futuros. "Podem ser adquiridos casas, carros, como também dinheiro para a realização de festas ou cirurgias estéticas, dentre outros fins", afirma.
 
Há três maneiras para a retirada do montante: no sorteio, que acontece mensalmente; por meio de lance, cujo o cotista que oferecer maior valor como entrada retira o prêmio; e na quitação do contrato. Todos seguem as regras do contrato.
 
Mesmo o governo sinalizando queda dos juros bancários, o presidente regional da Abac ressalta a vantagem do consórcio por ter taxa administrativa muito mais em conta.
 
Algumas precauções ajudam o cliente a evitar problemas
Antes de fazer o consórcio, é necessário tomar precauções para que o investimento programado não se torne dor de cabeça. Verificar a procedência da empresa contratada junto aos órgãos competentes é uma das ações que evitam transtornos . Segundo o Procon-MG, somente no ano passado foram registradas 297 reclamações de clientes contra os serviços. Até ontem 122 compunham 2012.
 
A gerente de atendimento do Procon-MG Daniela de Abreu Arruda, explica que esses números apontam insatisfações variadas e que muitas vezes os culpados são os contratantes. "As pessoas assinam o contrato sem ler o que esta sendo firmado", afirma.
 
Se o cliente não tiver tempo para analisar o contrato Jailza Martins de Jesus, orienta levá-lo para casa e somente fechar o negócio quando as dúvidas estiverem todas esclarecidas. Para verificar se a idoneidade da empresa contratada, é preciso pesquisar o passado dela na Junta Comercial, em fóruns ou no site do Procon, no link Reclame Aqui.

Publicado em: | Atualizado em: 23/05/2018