Juros altos no financiamento, Consórcio Imobiliário pode ser melhor opção

Consórcios: O juro do financiamento de imóveis varia entre 8% e 10% ao ano mais TR.

Enquanto o mercado financeiro discute quando e quanto o juro básico deve subir neste ano, no imobiliário o discurso é de que as taxas dos financiamentos não vão acompanhar a trajetória de alta da Selic. O principal argumento dos bancos é de que a maior parte dos recursos do crédito imobiliário é captada por meio da poupança, investimento que não sofre grandes alterações de rentabilidade quando o juro básico é modificado.


Especialistas esperam que a Selic encerre 2010 em 11,25% ao ano (ante 8,75% hoje), de acordo com o mais recente boletim Focus do Banco Central (BC), resultado de uma pesquisa com centenas de instituições financeiras e consultorias.


Os recursos do crédito imobiliário vêm da poupança. Mesmo com a Selic tendo um ajuste, não deve haver alteração nas taxas praticadas. Por lei, os bancos são obrigados a direcionar 65% do dinheiro da poupança a empréstimos habitacionais.

Independentemente do novo nível da Selic, a caderneta paga ao investidor 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR) - calculada a partir da taxa média dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs). A rentabilidade estável da caderneta faz com que o custo dos bancos ao captar o dinheiro para empréstimos imobiliários não suba caso a Selic seja elevada.


O juro do financiamento varia entre 8% e 10% ao ano mais TR. Parte do cálculo da TR contém a Selic. Se o juro sobe, a TR deve subir também, mas a parte fixa do financiamento não deve ser alterada. A TR tem um custo muito baixo para o mutuário. Nos últimos meses, tem ficado abaixo de 0,1% ao mês.


O início de ano fraco não impediu que 2009 batesse recorde de financiamento em valor e em unidades financiadas. Foram concedidos R$ 34 bilhões em empréstimos com dinheiro da poupança. No total, 302,7 mil unidades foram financiadas, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário Poupança (Abecip).

O aumento da oferta de crédito para o financiamernto imobiliário se explica, em parte, pela captação da poupança. Os depósitos bateram recorde - R$ 300 bilhões - em 2009.

 

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