Os juros praticados no financiamento imobiliário devem crescer nos próximos anos. A expectativa é não se sintam os aumentos até 2013, mas a baixa captação da poupança já preocupa o setor imobiliário. É o que afirmam os executivos da CrediPronto – financeira criada pelo Banco Itaú e Imobiliária Lopes - à revista Exame.
A poupança é a principal fonte de dinheiro para custear o crédito imobiliário. Uma parte do dinheiro depositado é usado para financiar imóveis. No entanto, os recursos da poupança não serão suficientes para cobrir a demanda por imóveis dos próximos anos. O saldo já é 67,3% menor do que em 2010.
O mercado estima alta de 30% a 40% na busca por financiamentos em 2012. Aumenta o número de pessoas que buscam financiamento, mas a quantidade de recursos está diminuindo. A taxa de aprovação de financiamentos se mantém estável.
A solução será buscar outras fontes de recursos. A captação de recursos da poupança é a mais barata. Os juros praticados deverão ser maiores se for preciso encontrar outras fontes.
Os bancos também passarão a ser mais criteriosos na liberação de financiamentos. Isso já está acontecendo. “O que temos são instrumentos mais refinados de análise de crédito”, afirma Bruno Gama, diretor de operações da CrediPronto.