Memórias Póstumas de Brás, um livro para ter em casa

O narrador de Memórias Póstumas de Brás Cubas está morto. É com uma narrativa de alguém já se foi que Machado de Assis expõe a elite brasileira do século XIX. Irônico, o autor começa a história pelo funeral do personagem e depois estende a narrativa pela adolescência, infância e outras cenas do abastado Brás Cubas. 

Contado em primeira pessoa, o livro revela os sentimentos do narrador, sua visão de mundo e os caprichos e privilégios de uma sociedade carioca patriarcal e escravocrata. O prazer da leitura está justamente na forma como o autor encaminha a história: mostrando Brás Cubas como um representante ideológico de sua época e classe social; pontuando aspectos da formação do Brasil, as contradições, a hierarquia e a vida de alguém que se põe superior até mesmo ao próprio leitor e comparável às figuras bíblicas. 
 
O livro é uma leitura obrigatória não só para a lista dos vestibulares, mas também para todo brasileiro que queira saber mais sobre a nossa história e alguns aspectos do comportamento do século XIX.  Você pode encontrar obras de Machados de Assis no site: machado.mec.gov.br
 
O filme baseado na obra foi lançado em 2001. Brás Cubas é encenado por Reginaldo Faria, que revela a ironia, amargura, mas também o bom-humor do personagem. O longa ganhou prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Atriz Coadjuvante, para Sônia Braga, no Festival de Gramado, em 2010.
 

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