Notícias sobre o mercado de Consórcio

O mercado nacional de consórcios estabeleceu a melhor marca da história, com 1,98 milhão de cotas contratadas em 2009. O resultado representa aumento de 10,9% no número de adesões sobre o ano anterior, quando o registro foi de 1,78 milhão.

Os dados foram apresentados, ontem, pela Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), em São Paulo. De acordo com o presidente-executivo da entidade, Paulo Roberto Rossi, o volume de cotas superou as expectativas da assessoria econômica da Abac, que previa crescimento de 6%. "Temos de considerar um primeiro semestre abalado pela crise", pontuou Rossi.

O setor é representado por 280 empresas administradoras e gera, aproximadamente, 50 mil empregos no País. De acordo com o vice-presidente da Abac, Fabiano Lopes Ferreira, "não temos números exatos, mas percebemos grandes expansão no interior dos Estados".

Com o avanço das novas cotas, o número de participantes ativos nos consórcios subiu 4,7% no ano passado, com 3,8 milhões de pessoas, contra 2008, cujo registro foi de 3,63 milhões. Assim, os ativos administrados, ou recursos acumulados de todas as parcelas pagas pelos participantes ativos, chegaram a R$ 79 bilhões. O resultado representa alta de 12,8% sobre 2008.

COMO FUNCIONA - O interessado pode escolher entre quatro modalidades de consórcios: para imóveis, eletroeletrônicos e bens-duráveis, veículos automotores e serviços.

Escolhida a modalidade, o consorciado estipula o valor do prêmio e paga parcelas mensais para liquidar a dívida, nas quais são incluídas apenas a taxa de administração, cuja média nacional é de 16%. "Nós não contamos com os juros como nos financiamentos", afirmou o presidente da Abac, Idevaldo Rubens Mamprom.

O prêmio é entregue para poucos sorteados no mês, ou mediante aos maiores lances para quitar parte da dívida.

Quem participa de uma das quatro modalidades não pode mudar para outra no meio da vigência da cota.

No caso dos sorteados, ou vencedores dos lances, é possível injetar o recurso no objetivo, ou poupar o dinheiro junto à administradora sobre rendimento da Selic (hoje, 8,75% ao ano).