Resultados positivos no setor de consórcio

Em meio à crise financeira, o setor de consórcios vem apresentando resultados positivos em Minas Gerais. No primeiro trimestre foi verificado um incremento da ordem de 10%, em relação ao mesmo período do ano passado. As estimativas são do vice-presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Fabiano Lopes Ferraira.

A escassez de crédito, que resultou em encarecimento nas taxas de juros, foi o principal fator que contribuiu para o crescimento das administradoras no acumulado de janeiro a março, segundo o vice-presidente. "A compra de bens por meio de consórcios ficou mais atrativa", disse.

O setor de veículos continua a ser o principal segmento do mercado. Conforme Ferreira, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) refletiu positivamente no setor de consórcios. "A redução do tributo refletiu no valor do carro e também diminui a parcela",disse.

Ferreira ressaltou que nas compras realizadas por meio de consórcios não incidem taxas de juros e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como ocorre nos financiamentos.

O governo federal anunciou o pacote de medidas que prevê a redução do IPI para veículos em novembro do ano passado. Com as alíquotas menores, sendo que alguns modelos ficaram insentos, refletiu nos preços praticados no mercado e reaqueceu as vendas. De acordo com Ferreira, a prorrogação do pacote por mais três meses deverá colaborar para manter os resultados positivos.

Outro destaque do setor é o consórcio imobiliário. Segundo o vice-presidente da Abac, o segmento vem crescendo acima da média. Apesar da melhora nos financiamentos, conforme Ferreira, ainda há muita burocracia para a liberação de crédito.

A regulamentação dos consórcios de serviços, que entrou em vigor em fevereiro deste ano, também traz expectativas positivas para as administradoras. "Agora o consumidor poderá pagar serviços de saúde, como, cirurgias plásticas, por meio de consórcio", informou o vice-presidente.

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