As vendas de consórcios continuam aquecidas, impulsionadas principalmente pelos contratos para aquisição de veículos, sobretudo os leves (que incluem automóveis de passeio, utilitários e motocicletas).
Segundo o balanço da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), entre janeiro e novembro de 2010, as novas adesões somaram 1,92 milhão de unidades, com alta de 6,1% em igual período do ano anterior. Incluindo essas cotas, o balanço do Sistema de Consórcios registrou, até novembro, mais de 4 milhões de consorciados ativos de todos os seguimentos, com alta de 5,8% ante igual período de 2009.
A entidade estima que, para este ano, haja um aumento de até 10% no volume de negócios, que atingiu a marca de R$56,9 bilhões entre janeiro e novembro de 2010. Isto representou um salto de 29%.
Segundo o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, os contratos para a compra de veículos leves ficaram 21,4% maiores nos 11 meses analisados em 2010 ante igual período de 2009. Ao total, foram 3,3 milhões de consórcios destinados a aquisições do setor automotivo. O número de consorciados contemplados subiu de 859 mil, em 2009 para 905,9 mil em 2010, pondo 800 mil carros em circulação no país.
Segundo pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgada pela Abac, metade dos domicílios brasileiros entrou em 2011 com pelo menos um carro na garagem.
Segundo Rossi, o Sistema de Consórcios deve continuar contribuindo com o aquecimento dos setores automotivos, de imóveis, de eletroeletrônicos e de serviços. “Considerando os últimos balanços dessas indústrias, a expectativa é de atingir de 7% a 10% de crescimento”.
O ingresso de consumidores provenientes da nova classe média também é outro fator. “O consórcio tem sua origem ligada à indústria automotiva, há 50 anos, e continua a ser uma excelente opção para as famílias programarem o planejamento financeiro.
Dados da Abac mostram que em cinco décadas o Sistema de Consórcios foi responsável pela viabilização de 10 milhões de veículos em geral.
No mercado de sorteios e lances, os contratos de imóveis também estão em alta: 11,4% seguidos de veículos pesados, com 11,2%.