Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos), no acumulado de janeiro a abril, as vendas de automóveis somaram 1,066 milhão de unidades, resultado 18% superior ao visto no mesmo período de 2009, que chegou a ser afetado pela crise financeira mundial. O volume representa mais um recorde, o melhor quadrimestre era o de 2008, com 909,2 mil veículos.
Quanto mais carros novos em circulação, maior a demanda pelos seguros de automóveis. Mas diante de tantas opções que o mercado segurador oferece, qual é a mais indicada, de acordo com o perfil de cada consumidor? Que fatores ou situações podem resultar num bom ou mau negócio?
Em primeiro lugar, deve-se levar em consideração que o seguro de automóvel tem as mesmas coberturas e características em quase todas as seguradoras. Não há como fugir: a primeira variável a se estudar é o preço, elevado recentemente em cerca de 10% a 20% pela maioria das companhias, em virtude, entre outros fatores, do aumento das perdas decorrente das chuvas e da alta sinistralidade no início do ano.
Por exemplo, um homem solteiro, residente em São Paulo pagou em 2009 cerca de R$ 2.100,00 no seguro de um hatch médio (valor entre R$ 30 mil e R$ 25 mil). Em 2010, o preço cobrado pelo seguro chega a mais de R$ 2.500,00. Ou seja, alta de aproximadamente 16%.
Diante dos valores mais altos, a relação custo-benefício se torna mais relevante do que nunca. De acordo com o especialista Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados, “o consumidor não pode dispensar a ajuda especializada de um corretor de seguros e solicitar pelo menos três cotações diferentes, antes de tomar sua decisão”.
É o corretor de seguros que vai explicar em detalhes as coberturas e enumerar os serviços agregados oferecidos aos consumidores, chaveiro, encanador, convênios com estacionamentos e help desk para manutenção de computadores são alguns dos muitos exemplos. “O mais importante é que não existe uma fórmula mágica. Ao consumidor cabe a pergunta: que coberturas são mais adequadas ao meu perfil e qual é a probabilidade de precisar dos chamados serviços agregados?”, indaga Barros de Moura. Se as chances de recorrer a eles são grandes, é bom ter noção de que as maiores e melhores seguradoras não os oferecem gratuitamente.
Outro conselho valiosíssimo é falar a verdade em todas as perguntas do perfil. E, no decorrer da vigência da apólice, a mudança em qualquer item deve ser comunicada imediatamente à seguradora, até se o consumidor mudou de rua no mesmo bairro.
Nesse caso, se o novo endereço estiver avaliado com risco menor, o que significa um preço mais baixo do seguro, a companhia devolve a diferença, conforme normativa na Susep. Mas, como o que vale mesmo é a relação custo-benefício, algumas simulações podem ajudar na decisão.
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Publicado em: 07/06/2010