Os números do setor de consórcios, nos nove primeiros meses deste ano, acumularam marcas até então não atingidas. O volume de negócios do segmento registrou R$ 61,6 bilhões, valor próximo ao totalizado nos doze meses de 2010 (R$ 64 bilhões). Também nas vendas de novas cotas, a soma entre janeiro e setembro, chegou a 1,91 milhão, pouco abaixo do realizado em todo ano de 2009 (2,12 milhões).
“Os levantamentos demonstram a maturidade e a segurança desejadas por consorciados, administradoras, fornecedores, prestadores de serviços, e ainda pelos diversos elos da cadeia produtiva”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. “Os destaques se completam pelos ativos administrados que chegaram a R$ 102 bilhões”, completa.
De janeiro a setembro de 2011, o acumulado de vendas de novas cotas somou 1,91 milhão (novo recorde histórico), 23,2% maior que o totalizado no mesmo período de 2010, quando atingiu 1,55 milhão.
“Atualmente, face o aumento das atividades consorciais, provocadas pelos recordes de comercialização e consequente aumento do número de participantes, as administradoras ampliaram a arrecadação de tributos e contribuições sociais”, explica Rossi. “Em sete anos, a arrecadação quase quintuplicou. Dos R$ 114 milhões, do primeiro semestre de 2002, saltou para R$ 539 milhões no mesmo período de 2011”, complementa.
Em setembro, os participantes ativos chegaram a 4,4 milhões, 10,3% superior que os 3,99 milhões apontados em 2010. As contemplações, acumuladas nos nove primeiros meses, também apresentaram alta. Este ano totalizaram 800,9 mil (jan-set/2011), 9,4% mais que as 731,9 mil (jan-set/2010) anteriores.
Nesse mesmo período, o volume de negócios cresceu 36,3%. Subiu de R$ 45,2 bilhões (jan-set/2010) para R$ 61,6 bilhões (jan-set/2011) registrados recentemente.
Estudos feitos pela Assessoria Econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios – ABAC apontaram que, nos nove primeiros meses deste ano, a participação das contemplações no setor de veículos leves (automóveis, utilitários e camionetas) de fabricação nacional, foi de 10,9% nas vendas internas do país, tomando por base os dados da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
A maior parcela ocorreu na região Norte (14,28%), enquanto a Sul, com 12,11%, ocupou o segundo lugar. A região Nordeste ficou na terceira colocação, somando 11,05%. Abaixo da média nacional (10,9%), ficaram as regiões Central, com 10,62%, e Sudeste, que atingiu 10,17%.
No maior setor do Sistema de Consórcios em número de participantes, a presença dos contemplados nas vendas internas de motocicletas e motonetas foi de 30,47%, de acordo com os dados da Abraciclo - Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares. As regiões Norte (42,06%), Nordeste (33,04%) e Central (36,30%) superaram a média nacional, enquanto a Sul (25,23%) e a Sudeste (24,21%) ficaram inferiores.
Entre os veículos pesados (caminhões e máquinas agrícolas), cuja participação nacional chegou a 22,56%, de janeiro a setembro deste ano e referenciados nos dados da Anfavea, a maior presença dos consorciados contemplados foi registrada na região Central com 28,76%. A seguir, estiveram as regiões Norte (26,07%), Sudeste (25,65%) e Nordeste (23,55%), enquanto a Sul (17,33%) ficou abaixo da marca nacional.
Atualmente, ao lado das diversas alternativas, que viabilizam a compra de carros, motocicletas, caminhões, máquinas agrícolas, os consórcios dividem a preferência do consumidor.
“Para os que têm como hábito planejar, fazer contas, comparar e ter um custo menor, o mecanismo de autofinanciamento é o ideal”, diz o presidente da ABAC. “Para o setor industrial, esse mecanismo genuinamente nacional, que completará 50 anos em 2012, permite a programação da produção a médio e longo prazos, além de garantir o nível de atividade econômica”, completa.