A taxa de juros do CDC (Crédito Direto ao Consumidor) em janeiro foi a que mais pesou no bolso em janeiro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). A taxa nessa forma de financiamento bancário, usada principalmente para compra de automóveis, ficou 2,5% mais alta, passando a 2,46%.
A taxa mais alta, de longe, ainda é a do cartão de crédito, 10,69% - que, por acaso, ficou inalterada no mês passado. Trata-se da maior desde junho de 2000.
Em termos anualizados, a taxa do CDC neste ano ficou em 33,86% (acima dos 32,92% registrados em dezembro). Já a do cartão ficou nos mesmos – e assustadores – 238,30% ao ano.
Com exceção do cartão, e ao lado do CDC, todas as demais formas de crédito oferecido ao consumidor no mês passado tiveram aumento. No comércio, a taxa subiu para 5,79% (96,49% no ano), acima do 5,69% (94,27%) de dezembro. O cheque especial passou para 7,63% (contra 7,57% um mês antes).
O empréstimo pessoal em financeiras também ficou mais caro – a taxa de juros passou para 9,68% (contra 9,64% em dezembro).
Segundo a Anefac, essas altas podem ser atribuídas a três fatores: elevação dos depósitos compulsórios promovida pelo Banco Central em dezembro; exigência de mais reservas para os bancos que concederem financiamentos de mais de 24 meses; e a alta da Selic (taxa básica de juros da economia brasileira, a partir da qual todas as demais são formadas) no mês passado, para 11,25% ao ano.