Em pouco mais de cinco anos, o analista de licitação André Veigas Teixeira, 23, trocou as infinitas pedaladas de distância entre Sarandi, onde mora, e o centro de Maringá, onde trabalha, pelos quinze minutos de conforto, rádio ligado e prazer no ato de dirigir sua Parati 1.8.
Aos 17, ia com sua bike trabalhar. Aos 18, tirou carteira, mas, até conseguir comprar uma motocicleta, amargurava-se com os longos 60 minutos de trajeto dentro de uma circular lotada e que parava em todos os pontos do caminho.
Depois, conseguiu comprar a moto e, percebendo uma possibilidade de economia em longo prazo, entrou em um grupo de consórcio pagando pouco mais de R$ 300/mês para conseguir um crédito futuro de R$ 16 mil.
Enfim, ele tomou decisão no mês passado, no intuito de finalmente conseguir realizar seu desejo: vendeu a moto, pegou o dinheiro de um acerto no emprego anterior, deu um lance no consórcio, pegou a carta de crédito e, para sua alegria e também para quem pega carona com ele, comprou a Parati, que, segundo ele, proporciona-lhe conforto e economia de tempo.
Histórias como a de André hoje são comuns no Brasil todo. Hoje, graças às facilidades de crédito e estabilidade financeira, brasileiros de diferentes classes econômicas vêm investindo na compra de veículos.
O gerente comercial, Elcio Pereira da Silva, tem percebido essa busca maior por veículos consorciados, devido à rapidez com que os grupos de consórcios de carros e motos são fechados.
Segundo o gerente, pessoas com renda salarial da classe D, também vão atrás dos carros, mas ainda são maioria nos consórcios de motocicletas. O maior público dos consórcios de carros são as pessoas das classes C e B. Já os consórcios de imóveis, com cartas de créditos, que vão de R$ 100 a R$ 200 mil, são mais procurados pela classe A.