O número de brasileiros que optou pelo consórcio como forma de comprar um veículo novo a prazo cresceu 7,1% em janeiro. Foram vendidas 4,07 milhões de cotas no primeiro mês de 2011, ante 3,8 milhões no mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). A principal vantagem desse tipo de operação são as taxas, bem menores que as do CDC ou leasing. Por outro lado, ela só é indicada para quem não tem pressa.
“O consórcio funciona como uma poupança”, compara o professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Samy Dana. “É uma boa saída para aquelas pessoas que não têm disciplina para guardar dinheiro, pois trata-se de um mecanismo que torna obrigatório o hábito de depositar uma quantia para a aquisição de um bem”. De acordo com o especialista, é preciso prestar atenção nas taxas de administração. “Elas podem pesar no bolso.”
E não tem jeito: aos que não dispõem de uma boa quantia guardada para quitar o carro à vista e precisam do veículo “para ontem”, os financiamentos são a melhor saída.
“Como você retira o bem no ato, isso tem um preço, que é apresentado na forma de juros”, diz Dana.
“Como as taxas dos financiamentos são superiores às de aplicações bancárias, por exemplo, pagar à vista é o mais vantajoso. Se não houver como fugir do parcelamento, quanto maior for o valor da entrada, melhor.”